terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A beleza impossível de Rachel Moreno

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Ligo a Tv e vejo uma parte de um corpo feminino de costas, dos ombros às coxas,  as nádegas praticamente descobertas, a não ser pela presença de uma minúscula calcinha fio dental. Um homem risca este corpo com uma caneta preta, e então compreendo: trata-se de um desses programas, exibido aos montes hoje em dia, sobre as maravilhas da cirurgia plástica.
A cena  impressiona, e imediatamente me remete à capa do livro “A beleza Impossível”, de Rachel Moreno. Nela, vemos o perfil de uma mulher fatiada em partes, como aquelas figuras de boi quando querem que saibamos a que parte  correspondem os pedaços à venda no açougue.

É o corpo feminino  “vendido” aos pedaços, como afirma Rachel, reduzido a uma pele sem rugas, um bumbum bem torneado, seios fartos e firmes.
E´ um fenômeno da modernidade a quantidade de procedimentos estéticos, de cremes a cirurgias , a que as mulheres se submetem querendo ficar belas.Em contra-partida, a auto-estima nunca  esteve tão em baixa, e a brasileira é uma das campeãs nesse quesito.


A beleza impossível

É sobre a busca da “beleza impossível”, sua origem e suas conseqüências de que trata o livro de Rachel Moreno, psicóloga e especialista em Desenvolvimento humano. Frente a um ideal inatingível, mesmo com todo o arsenal de cremes e cirurgias à disposição, os efeitos colaterais observados são ansiedade, sentimentos de inadequação, baixa auto-estima, chegando até aos transtornos alimentares como anorexia e bulimia.
Rachel questiona o que é considerado a “naturalidade” da vaidade feminina, mostrando que a nossa maneira de ser integra nossos desejos de ter uma identidade própria, por um lado, e pertencer à sociedade que nos encontramos, por outro. Para sermos aceitos, seguimos códigos e valores que se modificam ao longo do tempo. O conceito do que é belo, por exemplo, já sofreu muitas alterações. As gordas, por exemplo, que já foram modelos de beleza na Renascença, hoje são vistas como pessoas  relaxadas.

No século XX, com a industrialização e a produção em massa, aparece a necessidade de  pasteurizar modelos, produtos e estilos de vida para ser  consumidos, e a mídia tem um papel fundamental nesse processo. O modelo de beleza é hoje o europeu, magro, alto, branco e loiro.

No entanto, a mulher brasileira é  resultante de uma mescla de raças e etnias, cuja beleza vem justamente dessa diversidade, com características absolutamente diferentes desse modelo, onde também não cabem as negras, as obesas e as mais velhas. A ditadura do peso se impõe de forma cada vez mais draconiana, e, como afirma Rachel,  “afeta mesmo  mulheres mais esclarecidas e militantes da igualdade  feminina”. Uma parte significativa do orçamento das mulheres é gasta num arsenal de produtos que, na verdade, produz muito pouco resultado no sentido de aumentar a auto-estima e  deter o envelhecimento, só aliviando um pouco o sentimento de culpa de não fazer todo o possível para se manter bela e jovem.

Os modelos de valor, de beleza, de felicidade, são absorvidos desde a mais tenra infância, confundidos com algo que seria natural.O impacto desses modelos é principalmente intenso na adolescência.

Rachel relata uma pesquisa da Dove/Unilever , que  mostra, por exemplo, que 97% das jovens de 15 a 17 anos acredita que mudar algum aspecto de si faria com que se sentisse melhor.

Essas conclusões corroboram as que cheguei numa pesquisa com garotas de doze anos,  que revela que a maioria não está satisfeita e sofre com sua aparência. São freqüentes os relatos de jovens que não se acham bonitas por se considerarem um pouco acima do peso, ou que acham que, para estar bela, é preciso consumir os produtos oferecidos pelos meios de comunicação. São reveladores de uma fragmentação do corpo, e da dificuldade de enxergar-se de uma maneira mais inteira e real. Ao se defrontarem com modelos geralmente fora dos padrões de normalidade e sem um apoio social consistente, as jovens, que já lidam com as dificuldades intrínsecas de possuir um corpo em transformação, tendem a ter um auto-conceito  rebaixado.

E qual seria a saída? A própria pesquisa Dove/Unilever descrita por Rachel aponta alguns , por exemplo na afirmação da maioria das entrevistadas de que uma mudança na maneira de retratar ideais de beleza, quando elas estavam crescendo, teria sido bem aceita. Prefeririam ter visto mulheres mais parecidas com elas quando eram adolescentes. Gostariam também que sua mãe tivesse conversado mais sobre beleza , ajudando-as a criar uma imagem corporal mais realista e saudável. Para isso, crêem que o discurso sobre imagem corporal deve ser ativo e começar cedo. Acreditam também ser fundamental que as mulheres apóiem a  beleza das outras mulheres. Rachel enfatiza o importante papel das mães em reafirmar a adequação social e a aparência das filhas, já que enxergam sua verdadeira beleza. O problema é conseguirem, sendo elas mesmo “colonizadas”, transmitir uma segurança maior do que sentem.

Termina colocando a importância das mulheres se unirem contra esse ideal imposto de beleza, se abrindo para o repertório imenso de possibilidades de garantir o interesse alheio, que passam pela valorização do caráter e da personalidade. “As gerações futuras, e talvez parte desta, se beneficiarão enormemente de um discurso construtivo e diverso com relação aos valores e à beleza”, conclui.

Ao ler a última pesquisa Datafolha publicada na Folha de São Paulo de 27/07/2008, feita com 1541 jovens de 168 cidades do Brasil, que revela que as jovens estão ainda mais insatisfeitas com a aparência que há 10 anos atrás e que 42% delas gostaria de fazer uma cirurgia plástica , é impossível não concordar com ela.


Viviane Namur Campagna é psicóloga, Mestre em Psicologia do Desenvolvimento Humano pelo Instituto de Psicologia da USP , autora de “A identidade feminina no início da adolescência, (2005, Casa do Psicólogo/Fapesp)”

Fonte: Red psi

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Livro Amar.com traz dicas de como encontrar um relacionamento pela Internet


A obra é resultado da experiência dos autores que, após se conheceram virtualmente, tornaram-se namorados.
Escrito a quatro mãos, o livro Amar.com, do jornalista José Antonio Ramalho e da empresária Daniela Mantegari, mostra como é possível encontrar uma pessoa especial pela Internet. Publicado pela Editora Gente, a obra aborda o universo virtual dos relacionamentos amorosos, mostra detalhes do funcionamento de sites, dá dicas de como não cair em armadilhas, além de apresentar casos reais de pessoas que se conheceram pela web.
A ideia de desenvolver o livro surgiu para cada um dos autores, mas se concretizou depois que eles se conheceram no ParPerfeito, o maior site de relacionamento do Brasil e da Europa, e começaram um namoro. Eu havia guardado muitas de minhas experiências durante os anos em que usei a Internet para encontrar um namorado, afirma Daniela.
Para Ramalho, a experiência, que começou como um trabalho, se transformou em relacionamento. Entrei nos sites de namoro para escrever uma matéria e acabei conhecendo a Daniela. Nossas histórias são tão curiosas e interessantes que resolvemos escrever um livro juntos sobre o assunto, somando o meu know how como escritor e o conhecimento dela como usuária, explica.
Com 144 páginas, linguagem simples e direta, Amar.com é recomendado para homens e mulheres de qualquer idade que desejam encontrar alguém especial. Quando decidimos escrever o livro, nos inscrevemos novamente em sites de relacionamento para vivenciar detalhes do passo-a-passo de cada etapa durante seis meses. Buscamos transmitir essa vivência no livro, tornando-o um texto motivador para quem está ou pretende entrar em sites de relacionamento, comenta Daniela.
Mesmo o leitor que é avesso a Internet, com o Amar.com saberá como ter a melhor experiência dentro de um site de relacionamento, afirma Ramalho. O livro também é indicado para quem já está num site de relacionamento, pois traz dicas sobre como melhorar seu perfil e como estabelecer um primeiro contato com sucesso, entre outras informações importantes.
O Amar.com ainda inova por disponibilizar no site da editora um vídeo exclusivo para leitores. Com uma senha que acompanha o livro, os internautas ainda poderão assistir dicas dos autores, que respondem as dúvidas freqüentes, um bate-papo com usuários dos sites de relacionamento e entrevistas com profissionais da área de comportamento.
Sobre os autores:
Daniela Mantegari nasceu em São Paulo, em 1963. Estudou moda nos Estados Unidos na década de 1980 para se dedicar por muitos anos à indústria têxtil. Foi usuária de sites de relacionamento e por meio de sua experiência guardou material para esse projeto editorial.
José Antonio Ramalho nasceu em São Paulo, em 1961. É jornalista, fotógrafo e autor de 106 livros sobre temas como tecnologia, mitologia, fotografia e viagens. Faz longas travessias de bicicleta pelo mundo. Entrou nos sites de relacionamento para escrever uma matéria sobre o tema, e então conheceu a coautora do livro.
Dados do livro:
Título: Amar.Com Relacionamentos nos tempos da Internet.
Autores: Daniela Mantegari e José Antonio Ramalho.
Editora Gente
ISBN: 978-85-7312-663-1.
Gênero: Relacionamento.
Formato: 14 X 21.
Páginas: 144.
Fonte:
Sing Comunicação de Resultados
Fernanda Monteiro
Tatiane Dantas

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

5º Treinamento em Constelações Familiares
e Empresariais
Segundo Bert Hellinger

O Treinamento e os seus objetivos:
     Neste treinamento os participantes serão conduzidos passo a passo na prática da Colocação de Constelações Familiares.  A Colocação das Constelações Familiares é um método especial no trabalho com outras pessoas. Mostra a disposição do terapeuta, do professor, do conselheiro de se deixar conduzir por um sistema que não conhece, ao qual, no entanto, se entrega plenamente. Não se trata simplesmente de assimilar uma "matéria" ou adquirir um conhecimento. Trata-se de acompanhar e apoiar os movimentos da alma do cliente. As bases práticas do treinamento são as colocações dos temas, aspectos e sistemas familiares dos participantes.


Inscrições e Informações:
http://www.carloslivraria.com.br/anuncios?___store=defaul
Valter
valtersppnl@terra.com.br
41 3272-2573 / 9972-2711

Solange
solange_vr@yahoo.com.br
41 3022-1809 / 8818-9442

Mais infomações:


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Consumo de Álcool entre Crianças e Adolescentes

O alcoolismo na infância e adolescência é um problema social que deve ser observado por todos. 
Muito embora se saiba que a grande maioria dos casos ocorra por influência de amigos e colegas de escola, é preciso prestar atenção para a influência do ambiente familiar. Pesquisas já comprovaram que o uso abusivo do álcool pelos familiares é capaz de levar uma criança a despertar inocentemente o interesse pela bebida. Clinica Dra Cleuza Canan